quarta-feira, 27 de maio de 2009

Imagina

Imagina um vaso no qual colocas terra…mas tens medo de semear algo, porque talvez não estejas preparado para a maravilha das cores da flor que possa germinar. Tu queres ver essas cores, mas achas que não mereces tal dádiva e por isso limitas-te a imaginar o vaso com a flor e nada semeias. Os dias vão passando e as sementes continuam no saco…chegas mesmo a pensar em deitar fora as sementes…para quê…se talvez o que plantares não dê fruto…ou seja flor… e assim continua o tempo que corre. Mas um dia reparas que a terra do teu vaso está com um aspecto diferente, deixando transparecer algo que quer nascer…tu ainda vais buscar água à cozinha, mas acabas por não a deitar no vaso…o mesmo receio de sempre…mas…todos os dias, a curiosidade e desejo levam-te a olhar para o vaso e um certo dia vês algo verde a aparecer…no início nem ligas, porque pensas que provavelmente é uma erva daninha que cresce fruto de uma semente trazida pelo vento. Deixas de olhar para o vaso convencido que nem vale a pena. Por alguma razão que não percebes porquê, voltas a espreitar movido pela ansiedade crescente que não se faz sentir, porque tu inibes ou contrarias o que sentes…e quando dás por ti a flor nasceu e as suas cores maravilham-te…mas tu não estavas preparado e tens receio, mas move-te um impulso que ainda contrarias porque vês a flor e agora queres tocar e sentir o seu aroma

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